A imbricação da doutrina eclesial de Marsílio de Pádua com a teoria da soberania popular
Palabras clave:
Eclesiologia, Igreja, Marsílio, Concílio, Soberania PopularResumen
Marsílio de Pádua (1280-1342) publicou o Defensor Pacis em 1324. Tratase de um dos mais importantes e polêmicos escritos do pensamento político medieval. Esta obra, eminentemente política, revela um traço característico do autor que estabelece uma analogia entre o organismo de um ser vivo e a composição da civitas. A eclesiologia é o tema central e mais extensamente tratado na segunda parte da obra. O nosso autor tem a intenção de corrigir, segundo seu modo de compreender, os erros a respeito de como acontecia a vida da Igreja naquele momento. Entende que a Igreja (ecclesia), enquanto conjunto de todos os fiéis (universitas fidelium) identifica-se com o Império (civitas), a saber, a totalidade dos cidadãos (universitas civium). Pretende restaurar o conceito primitivo e apostólico de Igreja, embora manisfeste contradições ao ressaltar a autoridade do Imperador sobre a Igreja.